Nos últimos meses, a insatisfação ganhou força nas redes sociais, onde moradores compartilham histórias de interrupções no fornecimento de energia que duram horas, ou até dias, principalmente em dias de chuva ou calor intenso. Em bairros periféricos e no interior do estado, a situação é ainda mais crítica, com relatos de falta de manutenção adequada nas redes elétricas
A Coelba, controlada pela Neoenergia, alega que os problemas são causados por fatores como condições climáticas adversas e crescimento desordenado das cidades. No entanto, especialistas apontam que a falta de investimentos em infraestrutura e modernização das redes é o principal motivo das falhas constantes.
"É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda tenhamos que conviver com apagões frequentes. A Coelba precisa urgentemente modernizar sua rede e melhorar a gestão de crises", afirma João Silva, engenheiro elétrico e professor da Universidade Federal da Bahia.
Enquanto a Coelba não resolve seus problemas, surgem discussões sobre possíveis alternativas. Uma delas é a geração de energia solar, que tem ganhado espaço no estado devido ao alto potencial de irradiação solar na Bahia. Empresas e consumidores têm investido em painéis fotovoltaicos como forma de reduzir a dependência da Coelba e economizar na conta de luz.
Outra proposta em debate é a revisão do modelo de concessão, com a possibilidade de abertura do mercado para outras empresas. No entanto, especialistas alertam que essa mudança exigiria uma reformulação profunda no setor elétrico brasileiro.
Para muitos, a solução passa por uma maior fiscalização e pressão do poder público. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o governo do estado têm sido cobrados a adotar medidas mais rígidas para garantir que a Coelba cumpra suas obrigações.
"Precisamos de uma intervenção urgente. A população não pode continuar refém de um serviço tão essencial e tão mal prestado", reclama Maria Souza, moradora de Salvador e integrante de um movimento que cobra melhorias no serviço.
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