A carência de dados técnicos confiáveis e atualizados em Ilhéus gera impactos negativos em múltiplas áreas, comprometendo o planejamento urbano, a eficiência de políticas públicas e o desenvolvimento socioeconômico da região. Eis as principais consequências:
1. Prejuízos ao Planejamento Urbano e Infraestrutura
Obras mal dimensionadas: Falta de estudos geotécnicos e hidrológicos leva a:
Alagamentos crônicos (ex.: Bairro Nossa Senhora da Vitória)
Ruas pavimentadas sem drenagem adequada
Risco de deslizamentos em áreas de encosta não mapeadas
Expansão desordenada: Ausência de dados sobre uso do solo favorece ocupações irregulares em áreas de preservação.
2. Gestão Pública Ineficiente
Políticas sociais sem precisão: Programas de saúde, educação e assistência são baseados em estimativas, não em diagnósticos reais.
Ex.: Distribuição desigual de vagas escolares ou unidades de saúde.
Dificuldade em captar recursos federais: Editais exigem indicadores técnicos que muitas vezes não existem.
3. Impactos na Saúde e Meio Ambiente
Monitoramento falho:
Qualidade da água e ar não mensurada sistematicamente
Surto de doenças (como dengue) detectado tardiamente
Degradação ambiental: Desmatamento e assoreamento de rios sem dados para embargos ou fiscalização.
4. Economia e Turismo Afetados
Falta de estatísticas turísticas: Dificulta:
Investimentos em infraestrutura hoteleira
Criação de roteiros baseados em demanda real
Desemprego subnotificado: Dados defasados sobre mercado de trabalho impedem políticas de geração de emprego.
5. Segurança Pública e Mobilidade
Mapa criminal incompleto: Dificulta alocação de policiamento em áreas críticas.
Trânsito caótico: Ausência de estudos de fluxo viário perpetua congestionamentos (ex.: Av. Soares Lopes).
Soluções Urgentes
Criação de um Observatório Municipal de Dados (parceria com UESC e setor privado).
Mapeamento digitalizado do território via georreferenciamento.
Sistema integrado entre secretarias (Saúde, Educação, Obras).
Sem dados precisos, Ilhéus continua 'trabalhando no escuro'. A tecnologia existe – falta prioridade política e investimento em inteligência urbana.
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